Olá,
E aí, vocês têm gostado das receitas que estou colocando aqui no blog? Estão felizes com os resultados? Tenho recebido algumas respostas bem legais com relatos de pessoas contando como ficaram as receitas e em que ocasiões elas fizeram os pratos. Continuem mandando SEMPRE suas histórias.
Vou ter que dar uma parada nos assuntos para comentar um fato que vem acontecendo com muita frequência. Tenho recebido inúmeros pedidos de estágio por parte de alunos que estão fazendo cursos profissionalizantes de gastronomia e até mesmo emprego por aqueles que já estão formados. Conversando com colegas de profissão, temos reparado que além dessa grande demanda, alguns outros problemas vêm acontecendo graças a uma visão equivocada sobre a profissão, fazendo com que muitos cheguem despreparados ao mercado de trabalho e sem a consciência verdadeira sobre a função escolhida.
Vale então uma pequena pausa para alguns comentários e dicas. Não quero parecer arrogante ou (negativamente) professoral, mas aceitem de coração essas rápidas palavras de alguém que já está nesse caminho há bastante tempo.
Assim como grande parte das profissões, a carreira de gastronomia começa da mesma maneira (independente dos custos de sua formação): Remuneração baixa, trabalho duro, desgaste, estresse, etc. O domínio das técnicas, manuseio de alimentos, utensílios e equipamentos, familiarização com as boas práticas e tudo mais que implica no bom desenvolvimento do trabalho, requer dedicação, persistência, paciência, tolerância e o principal que é compreender que a harmonia entre os membros da equipe é essencial!
O único glamour está na nobre função de se envolver no preparo do alimento para inúmeras pessoas podendo proporcionar uma incomparável experiência sensorial. Relevar o duro local de trabalho, as altas temperaturas, os vapores e as gorduras é condição básica para aqueles que resolvem aceitar de braços abertos esse maravilhoso ofício.
Foi assim com minha equipe no Le Velmont – que teve que ralar muito para alcançar a posição que cada um possui –, foi assim comigo quando iniciei minha vida profissional na França e também quando voltei para o Brasil com minha amada Tereza Cristina.
Portanto, queridos, isso tudo não é para vocês desistirem, mas sim para compartilharem comigo duas palavras que acredito serem essenciais para o exercício da nossa desafiante profissão: AMOR e DEDICAÇÃO!
Um abraço afetuoso,
René Velmont
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