O estilo ‘brasileiríssimo’

Por René Velmont | Espaço do Chef

Olá,
Depois de um longo período de reflexão, volto recuperado e pronto para os novos desafios!
Tive alguns problemas na minha vida pessoal e também profissional. Infelizmente fui afastado do Le Velmont – praticamente um filho para mim. Mas, ao mesmo tempo, vi nascer um outro projeto… Um outro filho que jamais substituirá o anterior, mas que está preenchendo minha vida profissional por completo.
Era uma ideia antiga que vinha amadurecendo aos poucos, mas depois da ruptura, ela se desenvolveu mais rápido que imaginava. O grande responsável por essa velocidade foi o fato de encontrar um sócio disposto a abraçar o projeto não apenas financeiramente, mas também no plano da concepção inicial do restaurante. É com muito prazer que apresento: BRASILEIRÍSSIMO!
A nova proposta é fazer releituras de receitas tipicamente brasileiras e dar o toque particular do azeite – ou vocês acharam que esqueceria essa outra paixão?! Queria poder me aventurar em novos oceanos e usar não só a influência francesa da minha formação profissional, mas as dicas e receitas que aprendi com minha avó e com a vivência nas cozinhas brasileiras. Enfim, estejam todos convidados para conhecer esse acolhedor espaço e desfrutar as novas delícias assinadas por mim.
Mas fiquem tranquilos que vou postar algumas receitas brasileiríssimas aqui no site também.
Beijos e até!
 

Bolo de Café Gallo

 por René Velmont |/ Receitas

Categoria: doce
Porção: 5 pessoas
INGREDIENTES
4 unidades                ovos
2 xícaras                   açúcar
2 xícaras                   farinha de trigo
1/2 xícaras                Azeite Gallo Extra-Virgem
2 colheres sopa        café solúvel
1 colher chá              canela
1 colher chá              erva-doce
1 colher chá              fermento
MODO DE PREPARO
  1. Num recipiente, bata os ovos com o açúcar e junte aos poucos o Azeite Gallo Extra Virgem. Continue a bater e adicione a canela, a erva-doce e, por ultimo, o café e a farinha peneirada com o fermento.
  2. Pré-aqueça o forno a 180º.
  3. Unte uma forma e despeje a massa.
  4. Coloque no forno por aproximadamente 35 minutos.
DICAS: polvilhe o açúcar para finalizar o bolo.
CURIOSIDADES: o bolo de café do Gallo é tipico do Alentejo, Portugal, e tem 3 ingredientes – café, canela, e erva doce –, cujo perfume, delicioso, se fundem.

“Dicas” de um chef


Olá,
E aí, vocês têm gostado das receitas que estou colocando aqui no blog? Estão felizes com os resultados? Tenho recebido algumas respostas bem legais com relatos de pessoas contando como ficaram as receitas e em que ocasiões elas fizeram os pratos. Continuem mandando SEMPRE suas histórias.
Vou ter que dar uma parada nos assuntos para comentar um fato que vem acontecendo com muita frequência. Tenho recebido inúmeros pedidos de estágio por parte de alunos que estão fazendo cursos profissionalizantes de gastronomia e até mesmo emprego por aqueles que já estão formados. Conversando com colegas de profissão, temos reparado que além dessa grande demanda, alguns outros problemas vêm acontecendo graças a uma visão equivocada sobre a profissão, fazendo com que muitos cheguem despreparados ao mercado de trabalho e sem a consciência verdadeira sobre a função escolhida.
Vale então uma pequena pausa para alguns comentários e dicas. Não quero parecer arrogante ou (negativamente) professoral, mas aceitem de coração essas rápidas palavras de alguém que já está nesse caminho há bastante tempo.
Assim como grande parte das profissões, a carreira de gastronomia começa da mesma maneira (independente dos custos de sua formação): Remuneração baixa, trabalho duro, desgaste, estresse, etc. O domínio das técnicas, manuseio de alimentos, utensílios e equipamentos, familiarização com as boas práticas e tudo mais que implica no bom desenvolvimento do trabalho, requer dedicação, persistência, paciência, tolerância e o principal que é compreender que a harmonia entre os membros da equipe é essencial!
O único glamour está na nobre função de se envolver no preparo do alimento para inúmeras pessoas podendo proporcionar uma incomparável experiência sensorial. Relevar o duro local de trabalho, as altas temperaturas, os vapores e as gorduras é condição básica para aqueles que resolvem aceitar de braços abertos esse maravilhoso ofício.
Foi assim com minha equipe no Le Velmont – que teve que ralar muito para alcançar a posição que cada um possui –, foi assim comigo quando iniciei minha vida profissional na França e também quando voltei para o Brasil com minha amada Tereza Cristina.
Portanto, queridos, isso tudo não é para vocês desistirem, mas sim para compartilharem comigo duas palavras que acredito serem essenciais para o exercício da nossa desafiante profissão: AMOR e DEDICAÇÃO!
Um abraço afetuoso,
René Velmont

Feijoada Expressa

Aprenda maneira mais rápida de preparar essa delícia que leva costela, lombo e linguiça, entre outras carnes .



>600 g de carne seca cortada em palitos (8 cm X 2 cm)
  • 450 g de costela suína salgada cortada em ripas
  • 450 g de lombo salgado cortado em cubos
  • 500 g de costela fresca cortada em ripas
  • 400 g de lombo cortado em cubos
  • 1 kg de feijão preto
  • 400 g de peito de boi cortado em cubos
  • 4 litros de água
  • 400 g de linguiça portuguesa cortada em pedaços
  • 500 g de linguiças paio cortada em 3 partes
  • 2 colheres (sopa) de azeite
  • 300 g de bacon cortado em palitos (8 cm X 2 cm)
  • 1 cebola grande picada (200 g)
  • 1 colher (sopa) de alho picado
  • 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes picadinha
  • 2 folhas de louro

  • modo de preparo



    1 - Numa panela grande com água fervente coloque 600 g de carne seca cortada em palitos (8 cm X 2 cm), 450 g de costela suína salgada cortada em ripas, 450 g de lombo salgado cortado em cubos, 500 g de costela fresca cortada em ripas e 400 g de lombo cortado em cubos e ferva por 20 minutos. Retire as carnes do fogo, escorra e reserve -as.
    2 - Coloque na panela de pressão, em fogo médio, 1 kg de feijão preto, 400 g de peito de boi cortado em cubos, 4 litros de água, tampe a panela e após pegar pressão conte 10 minutos. Retire do fogo e reserve.
    3 - Na mesma panela onde ferveu as carnes aqueça 2 colheres (sopa) de azeite e coloque 300 g de bacon cortado em palitos e doure bem. Adicione 1 cebola grande picada, 1 colher (sopa) de alho picado e 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes picadinha e refogue bem. Adicione 2 folhas de louro, as carnes fervidas (reservadas acima) e o feijão já cozido com o peito de boi junto com o caldo, misture e cozinhe em fogo baixo por 1 hora e 20 minutos. Retire do fogo e sirva em seguida com arroz, farofa, couve e torresmo.

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    Veja mais dicas de concordância



    1. JUNTO ou JUNTOS?

    É um adjetivo e deve concordar com o substantivo a que se refere: “Os fortes sentimentos vêm JUNTOS”; “Em campo, Romário e Ronaldo JUNTOS”; “Uma vitória que a dupla de atacantes quer comemorar jogando JUNTA por muito tempo ainda”.

    Observação 1: JUNTO A / JUNTO DE (=perto de)

    São sinônimos e invariáveis: “Os dois chutes passaram JUNTO À trave”; “Os reservas estão JUNTO DA comissão técnica”; “Os hotéis ficam JUNTO AO viaduto”; “As casas estão JUNTO DA farmácia.”

    Observação 2:

    Devemos evitar o uso de JUNTO A com outro sentido que não seja de “perto de”: “Ele está preocupado com seu prestígio JUNTO À torcida” (É preferível: “…COM a torcida”) ; “O governo solicitou um empréstimo JUNTO AO Banco Mundial” (É preferível: “…NO Banco Mundial”).



    2. MEIO ou MEIA?

    Como numeral (=metade), deve concordar: “Tomou MEIO litro de vodca”; “Tomou MEIA garrafa de vodca”; “Tomou uma garrafa e MEIA”; “Leu um capítulo e MEIO”; “São duas e MEIA da tarde”; “É meio-dia e MEIA”.

    Como advérbio (=mais ou menos), é invariável: “A aluna ficou MEIO nervosa”; “A diretoria está MEIO insatisfeita”; “Os clientes andam MEIO aborrecidos”.



    3.  BASTANTE ou BASTANTES?

    Como advérbio de intensidade é invariável: “Eles trabalharam BASTANTE para chegar até aqui.” “Eles ficaram BASTANTE cansados.” (Neste caso, é preferível usar “MUITO cansados”)

    Como pronome indefinido (=antes de um substantivo), deverá concordar com o substantivo: “Está com BASTANTES problemas para resolver.” (É melhor: “MUITOS problemas) “O dia fica aberto, com BASTANTE sol em todas as regiões.” (Simplesmente “com sol” seria melhor)

    Devemos evitar o uso de BASTANTE como pronome indefinido.

    Como adjetivo (após um substantivo = suficiente), deve concordar com o substantivo: “Ele já tem provas BASTANTES para incriminar o réu.” (É melhor: “provas SUFICIENTES”) “As provas já são BASTANTES para incriminar o réu.” (É melhor: “As provas já são O BASTANTE para incriminar o réu.” / É preferível: “As provas já são SUFICIENTES para incriminar o réu.”)



    VOCÊ SABE…

    …qual é o numeral ordinal de 200?



    Pois fiquem meus leitores sabendo que esta é a ducentésima vez que lhe digo isso. Os números, volta e meia, nos dão alguma dor de cabeça.

    Primeiro foi aquele jornalista que disse: “Fulano de Tal, um septuagenário de 83 anos…” Ora, com mais de 80 anos já é um octogenário. Septuagenário ou setuagenário é quem tem de 70 a 79 anos de idade. Quanto ao número 80, é bom lembrar que o ordinal é octogésimo, e não “octagésimo” como frequentemente ouvimos.

    Na última Bienal do Livro no Rio de Janeiro, mais uma vez tivemos a oportunidade de ouvir, durante a entrevista de um deputado, aquele velho chavão: “A bienal está tão maravilhosa que deveria realizar-se todo ano”. Acho ótima ideia, desde que troque o nome… Bienal todo ano não dá. Para quem não “caiu a ficha”, todo ano seria anual, já que bienal é de dois em dois anos.

    E por falar em políticos, além da incompetência e da corrupção, muitos nos dão um péssimo exemplo de pobreza vocabular. Ninguém mais fala, afirma ou opina; todos “colocam”. A maioria, em vez de perguntar, prefere “colocar uma pergunta”; em vez de expor suas ideias, só quer “fazer colocações”.

    Outro dia, durante uma mesa-redonda, um participante me pediu: “Professor, posso fazer uma colocação?” E eu, rapidamente, respondi: “Em mim, não!”

    E voltando ao Senado, lembrei-me de um triste episódio da acareação, transmitida em rede nacional. Depois de tantas colocações, atingimos o clímax quando um ilustre parlamentar bradou: “Precisamos colocar isso nos anais”. E queria saber de quem? No fundo, todos nós sabemos…



    DESAFIO

    O que é pequenez?

    a)    natural ou habitante de Pequim, quem nasce na capital chinesa;

    b)    pequeno cão;

    c)    mesquinhez, insignificância.



    Resposta: letra (c): pequenez é a qualidade ou estado de pequeno. Pequenez, no sentido figurado, é mesquinhez, insignificância.

    Quem nasce ou habita a cidade Pequim é pequinês.

    E o cãozinho, apesar de pequeno, também é pequinês.


    DÚVIDA DO LEITOR


     INRRETORNÁVEL???

    “Professor, não encontramos nos dicionários a palavra inrretornável: Ele fez uma viagem inrretornável. Existe o termo?”

    Meu caro leitor, a palavra “inrretornável” não existe. Na verdade, não existe nenhuma palavra com o grupo “nrr”. Temos “inr” ou “irr”: inremediável ou irremediável, inrestaurável ou irrestaurável, irretorquível, irreversível…

    A nossa viagem sem retorno, por enquanto vai ficar sem retorno mesmo, pois a palavra “irretornável” ainda não está registrada no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.

    Mapa resume em uma palavra característica histórica de cada país; confira



    Que tal resumir características históricas de países em apenas uma palavra? O designer e cartunista Marty Elmer gostou do desafio e criou uma ilustração com base nas palavras mais usadas em cada artigo publicado na Wikipédia iniciado com "history of" (história de, em tradução livre). 
    Ao todo, o mapa representa 176 países na chamada "História lacônica do mundo". No Brasil, por exemplo, a palavra que mais apareceu no texto sobre o país foi "militar". 
    A Antártida é representada por "expedição". Já a palavra "petróleo" é a mais comum na história da Arábia Saudita.

    Como resultado do levantamento na Wikipédia, o designer Marty Elmer identificou que 16% dos países possuem a palavra "guerra" como a mais comum nos respectivos artigos




    Outro resultado do levantamento na Wikipédia é que um quarto dos países pesquisados tem como palavra predominante alguma referência ao poder colonial . 




     América central e América do Sul representados na ilustração de Marty Elmer, criado com base nas palavras mais usadas em cada artigo publicado na Wikipédia iniciado com "history of" (história de, em tradução livre).



    O uso do ETC.




    O famoso “etc” é abreviatura de et caetera, expressão latina que significa “e outras coisas”. Vamos, então, tirar algumas dúvidas:

    1) Exatamente porque a expressão contém o “e”, NÃO há necessidade de usarmos a conjunção “e” antes do “etc”:
    “Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas e etc.”
    Basta: “…um casaco, uma gravata, duas camisas etc.”

    2) Ainda por causa da presença do “e”, alguns autores condenam o uso da vírgula antes do “etc”:
    “Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas etc.”
    Outros, porém, entendem que o “etc” é um elemento da numeração. Mereceria, assim, a vírgula:
    “Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas, etc.”
    Estamos diante de um caso polêmico. É importante observar, no
    entanto, que, no Formulário Ortográfico, sempre aparece a vírgula
    antes do “etc”. Agora, você decide.

    3) Não há a necessidade de usarmos RETICÊNCIAS após o “etc”:
    “Comprei um casaco, uma gravata, duas camisas etc…”
    Ou você usa “etc” ou RETICÊNCIAS.
    Pior são os “enfáticos”: ” e etc……”

    4) É “ridículo” usarmos o “etc” após um único elemento:
    “A violência urbana tem várias causas: a fome e etc.”

    5) Não devemos usar o “etc” para “pessoas”, pois significa “e as demais coisas”:
    “Compareceram à reunião o presidente, os diretores, alguns supervisores etc.”
    Isso significaria: “o presidente, os diretores, alguns supervisores e outras COISAS“.

    Falando em bom brasileiro

    Eu vi ela. Assim se fala, assim não se escreve. No Estúdio CH desta semana, o linguista Mário Perini explica por que considera a língua falada como o verdadeiro português ‘brasileiro’ e conta sobre a gramática que escreveu, dedicada ao linguajar que está na boca do povo.

    Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo
    Painel do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, mostra alguns erros comuns do português, como ‘eu vi ela’, ‘isso é para mim fazer’ e ‘ela ficou meia cansada’ (foto: Raquel Camargo – CC BY-NC 2.0).
    Professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mário Alberto Perini acaba de lançar a Gramática do português brasileiro (Parábola Editorial). O livro é dedicado a um tema que fica à margem das gramáticas da língua portuguesa, tão atentas às regras da escrita: a língua falada. 
    "A língua do brasileiro não é a língua que encontramos nos livros. É a língua falada pela totalidade da população"
    Em entrevista ao repórter Fred Furtado, Perini explica suas motivações para escrever o livro: se o português é usado por 190 milhões de brasileiros e é a oitava língua mais falada no mundo, por que ainda não havia uma gramática para este português falado, que ele chama de brasileiro? 
    “A língua do brasileiro não é a língua que encontramos nos livros. É a língua falada pela totalidade da população, desde o trabalhador analfabeto na zona rural até o professor universitário ou o político. Na hora de conversar com os amigos, todos falamos basicamente a mesma língua”, diz ele.
    Livro: 'Gramática do português brasileiro'Além de enumerar diferenças entre a língua oral e escrita, ele discute a noção do português ‘certo’ ou ‘errado’ – algo que, para ele, depende inteiramente do contexto: “A língua que eu uso para falar com amigos numa mesa de bar não pode ser a mesma que eu uso para escrever uma tese”, argumenta.
    Perini fala ainda sobre a indústria do ‘português correto’, que vive de ditar o português correto, e das incoerências que propicia. Para ele, o pouco prestígio associado à gramática tem relação com a distância entre as suas regras e o uso corrente da língua. 

    Catorze ou quatorze

    As duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Podemos usar as palavras quatorze ou catorze sempre que quisermos referir o numeral cardinal 14, equivalente a 1 dezena mais 4 unidades. As palavras quatorze e catorze são comumente usadas e socialmente aceites no português falado no Brasil. 

    Quatorze tem sua origem na palavra em latim quattuordecim, mantendo sua escrita com qu. Catorze também tem sua origem na palavra em latim quattuordecim, mas sofreu alteração de qu para c, ou seja, sofreu uma adequação ortográfica baseada na fonética da sílaba. Alguns falantes privilegiam o uso da palavra quatorze por ser a que mais se aproxima de seu étimo latino. Outros falantes optam pela utilização da palavra que sofreu evolução devido ao uso e às características do português.

    Exemplos:
    Quatorze casais participarão no encontro. 
    Catorze casais participarão no encontro. 

    Depois do número quatorze vem o número quinze.
    Depois do número catorze vem o número quinze.

    Existem, na língua portuguesa, palavras que apresentam mais do que uma grafia correta. A estas palavras chamamos formas gráficas variantes. Embora haja sempre uma forma preferida e mais utilizada pelos falantes, todas as formas são corretas. 

    Fique sabendo mais!
    No português falado em Portugal a palavra quatorze está em desuso, sendo mais correto utilizar a palavra catorze.

    Segunda-feira ou segunda feira

    A forma correta de escrita da palavra é segunda-feira. As palavras segunda feira, escritas sem hífen, estão erradas. Devemos utilizar o substantivo comum feminino segunda-feira sempre que quisermos referir o segundo dia da semana, que fica entre o domingo e a terça-feira. É uma palavra composta por justaposição das palavras: segunda + feira. 

    Exemplos:
    Tenho aulas de piano na segunda-feira.
    Segunda-feira é o pior dia da semana.

    Esta dúvida surge por causa das alterações na hifenização das palavras compostas trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009. Segundo este acordo, o hífen se mantém nas palavras compostas por justaposição sem elementos de ligação, cujos elementos formam uma unidade com significado próprio.

    Assim, segunda-feira e os restantes dias da semana deverão continuar sendo escritos com hífen, bem como outras palavras como: arco-íris, decreto-lei, ano-luz, guarda-chuva,…

    Relativamente aos dias da semana, o Novo Acordo Ortográfico afirma que os mesmos deverão ser escritos com letra minúscula e não com letra maiúscula: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira,…

    À-vontade ou à vontade


    A forma correta de escrita da locução é à vontade, sem hífen. A locução à-vontade passou a estar errada desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, em janeiro de 2009. Antes da entrada em vigor do acordo ortográfico, as duas locuções existiam – com e sem hífen – e estavam corretas. Porém, os seus significados eram diferentes e eram usadas em situações diferentes. À vontade, enquanto locução adverbial, significa descontraidamente, confortavelmente, sem constrangimento, sem formalismo. À vontade, enquanto locução substantiva, significa desinibição, descontração, naturalidade, desembaraço.


    Segundo o Novo Acordo Ortográfico, quem entrou em vigor em janeiro de 2009, não deverá ser utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais.
    Exemplos: dia a dia, fim de semana, sala de jantar, cão de guarda, cor de vinho, café com leite, à toa, à vontade, …
    Serão exceções a esta regra algumas locuções consagradas pelo uso, com significado próprio: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará e à queima-roupa.

    À vontade, sem hífen, é uma locução adverbial que significa descontraidamente, confortavelmente, sem constrangimento, sem formalismo. Esta locução é muito utilizada para indicar uma pessoa que faz ou pode fazer alguma coisa sem cerimônias, sem embaraço, sem vergonha, sem limites, ou seja, que faz ou pode fazer alguma coisa a seu próprio gosto, comodamente. Chamamos de locução adverbial duas ou mais palavras que juntas atuam como um advérbio, alterando o sentido do verbo. 

    Exemplos:
    Fique à vontade!
    Leve, à vontade, todos os livros que você quiser.
    A alface pode ser comida à vontade por quem quer emagrecer.
    Você pode falar à vontade com aquela professora porque ela é muito compreensiva.

    À vontade, atualmente sem hífen, mas com hífen antes do Novo Acordo Ortográfico (à-vontade) é uma locução substantiva e se refere a uma desinibição, descontração, naturalidade, desembaraço. É uma locução substantiva masculina, sendo quase sempre precedida de um determinante (um, o, nenhum, algum, ...). Chamamos de locução substantivas duas ou mais palavras que juntas atuam como um substantivo, adquirindo um novo significado.

    Exemplos:
    O à vontade dele provocou alguns constrangimentos.
    Minha filha tem um grande à vontade no palco, dançando lindamente.
    Não tenho à vontade para fazer o que você está pedindo.

    5 RAZONES PARA APRENDER PORTUGUÉS



    1. Un gran mercado para explotar: Brasil posee una de las economías mas fuertes, además, su elevado numero de habitantes lo convierten en un país con un gran mercado.

    2. Una lengua con cultura: el portugués se habla en distintas zonas de Europa, África, Sur America... Cada zona con cultura e historia propia; platos de comida típica, riqueza en bailes, música que permiten disfrutar la vida felizmente.

    3. Acceso a mayor cúmulo de información: Brasil como país académico genera un enorme base de dato en las distintas disciplinas de estudio, por lo que tanto estudiante como profesor puede beneficiarse de esta si domina la lengua.

    4. Una lengua para estudiar: en Brasil y Portugal hay universidades con alto prestigio académico, en el cual es posible cursar diversas disciplinas y en los diferentes niveles académicos.

    5. Conocer personas con distintos pensamientos y cultura: los brasileiro son considerados personas alegres, además,  poder conocer personas con distintas culturas es conocer distintos pensamientos, y mejorar así la comunicación y las relaciones sociales.

    DE MI INTERÉS DEPENDE LA MEJORA DE MI PORTUGUÉS


    En el aprendizaje del portugués como aprender  a montar bicicleta, es de persistencia y practica constante, sin embargo, difícil es olvidar montar bicicleta pero fácil olvidar palabras de un idioma si no se practica.

    Una de las mayores barreras que se interponen en la mejora del aprendizaje del portugués esta en la falta de interés, que en muchos casos se presenta luego de un tiempo de estar aprendiendo este idioma, es por eso que se recomienda leer noticias, libros, o cualquier lectura de interés para no perder, el interés, la conexión y practica constante de la lengua.

    Cuando necesite conocer acerca de un tema no se niegue la oportunidad de leer documentos en portugués.      Recuerde que las personas con otras lenguas generalmente poseen una  cultura diferente, y posiblemente también diferentes ideas, que pueden resultarles interesantes.

    Existen escritores muy bien vistos mundialmente los cuales escriben en Portugués tales como, Paulo Coelho, no pierdas la oportunidad de leer sus libros en su idioma original.

    ¿QUÉ SE NECESITA PARA APRENDER PORTUGUÉS?



    En el portugués como en cualquier lengua lo importante son las ganas. Sin embargo, es cierto que las ganas deben estar acompañadas de la acción, debemos dedicarle el tiempo al portugués para aprenderlo.

     En todo momento puedes estar mejorando tu portugués y en este artículo expondré algunas formas de hacerlo:

    1. Escucha canciones en portugués: si tienes un celular, o cualquier dispositivo para reproducir audio ten una colección de música en portugués que sea de tu agrado.

    2. Lee en portugués: inscríbete en una web que ofrezca servicios de noticias, así cada día recibirás textos que te ayudarán a mejorar la lectura.

    3. Escucha radios que como idioma de transmisión usen la lengua portuguesa: muchas son las radios online en portugués, solo debes buscar la de tu agrado y listo. Recuerda que si al principio no entiendes es normal, con el tiempo tus oídos se adaptaran y comenzaras a entender.

     Puedes mejorar tu portugués diariamente lo único que necesitas son las ganas y la acción.

    Dúvidas e questões etimológicas 1



    De segunda À ou A sexta-feira?

    O certo é “de segunda a sexta-feira”.

    Não ocorre a crase por um motivo muito simples: não há artigo definido antes de sexta-feira. Prova disso é que antes de segunda-feira, usamos somente a preposição “de”. Se houvesse um artigo para definir o dia da semana, deveríamos usar “da” (preposição “de” + artigo “a”).

    Só haverá crase quando definirmos os dias da semana. Por exemplo: “O torneio vai da próxima segunda à sexta-feira.” Nesse caso, estamos definindo qual é a segunda-feira e qual é a sexta-feira.

    Entretanto, geralmente a ideia é indefinida. Então, não esqueça: “de segunda a quinta”, “de terça a sexta”, “de quarta a sábado”, “de segunda a domingo”…



    Curiosidades etimológicas

    Vamos analisar aqui mais algumas curiosidades semânticas. Embora seja um assunto polêmico, é sempre interessante observar, por exemplo, a transformação das palavras.

    Antes de tudo, quero deixar claro que, na minha opinião, não se trata de uma questão do tipo “está falando certo ou errado”, e sim se o uso da palavra está adequado ou não.

    Certa vez, um colega nosso defendia o uso da palavra MEDÍOCRE no sentido de “estar na média”, ou seja, devido à sua origem, “um desempenho medíocre” seria um “desempenho médio, dentro da média“. Discordo, pois a palavra MEDÍOCRE apresenta uma carga negativa, pejorativa. Um “desempenho medíocre” é um “desempenho abaixo da média, fraco, ridículo”.

    Não quero, com isso, incentivar o desrespeito à etimologia, ao sentido original das palavras. Entretanto, devemos estar atentos às transformações. Além da significação etimológica, há aquela do dia a dia. O sentido das palavras e expressões, muitas vezes, é definido pelo uso cotidiano. Isso pode provocar ambiguidades (=duplo sentido) ou até o uso de palavras com significado oposto ao original.

    É interessante lembrar o caso da palavra FORMIDÁVEL. A sua raiz latina significa “medo, terror, pavor”. Assim sendo, “um dia formidável” seria um dia “terrível, pavoroso”. Duvido que alguém desse essa interpretação. Hoje, sem dúvida, “um dia FORMIDÁVEL” é um dia “maravilhoso”. Temos aqui um exemplo de palavra que perdeu o seu sentido original e hoje apresenta um significado quase oposto.

    Aproveitando o assunto, eu tenho cinco perguntinhas. Você não precisa responder. Basta pensar sobre o assunto.

    1) Você está recebendo o seu SALÁRIO em sal?

    2) A sua SECRETÁRIA é do tipo que guarda segredos?

    3) Se o estudante é quem estuda, que faz um TRATANTE?

    4) O seu RIVAL vive nas margens de que rio?

    5) Você já viu algum FAMIGERADO de boa fama?

    Quero, por fim, deixar aqui um abraço CORDIAL. Por falar nisso, você sabia que um abraço CORDIAL é “um abraço DE CORAÇÃO”. Vem do latim. Daí o famoso “saber de cor“, ou seja, “saber de coração”, e não “de cabeça”. Cabeça, em latim, era caput, por isso DECAPITAR, CAPUZ, CAPITAL, CAPITÃO… E é bom lembrar que cardio de CARDIOLOGIA também significa coração, mas vem do grego.

    Tchau. Estou indo EMBORA. Só não sei se estou indo EM BOA HORA.



    Contar em português (Brasil)



    Visão geral

    O português do Brasil (português brasileiro) pertence às línguas indo-europeias, no grupo das línguas românicas. Originário de Portugal, evoluiu separadamente do português europeu a partir do século XVI na sua ortografia e pronúncia. Regulado pela Academia Brasileira de Letras, é hoje falado por cerca de 170 milhões de pessoas no Brasil, mas também em Portugal, em cinco países africanos (em Angola, em Cabo Verde, na Guiné-Bissau, em Moçambique, e em São Tomé e Príncipe), assim como em Macau e em Timor-Leste. Dependendo do país em questão, fala-se português europeu ou crioulo português.

    O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990

    O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional cujo objetivo é criar uma ortografia unificada para o português, por todos os países de língua oficial portuguesa. A única mudança na escrita dos números é a eliminação do trema em . Assim, cinqüenta no Brasil [50] escreve-se agora oficialmente cinquenta.

    Regras de numeração do português (Brasil)

    • Os algarismos de zero a nove têm nomes específicos, como os números de dez a quinze: zero [0], um [1], dois [2],três [3], quatro [4], cinco [5], seis [6], sete [7], oito [8], nove [9], dez [10], onze [11], doze [12], treze [13], catorze[14], quinze [15]. Os números de dezassete a dezanove são regulares, isto é que se escrevem (foneticamente) com a dezena seguida pela unidade sem espaço: dezesseis [10 e 6], dezessete [10 e 7], dezoito [10 e 8], dezenove[10 e 9].
      O algarismo seis também pode-se dizer meia, abreviatura de uma meia dúzia, especialmente no telefone quando se trata diferenciar entre seis e sete.
    • As dezenas têm nomes específicos baseados na raiz do algarismo multiplicador correspondente, à exceção de dez e vinte: dez [10], vinte [20], trinta [30], quarenta [40], cinquenta [50], sessenta [60], setenta [70], oitenta [80] enoventa [90].
    • A mesma regra aplica-se às centenas: cem [100] (centos em plural), duzentos [200], trezentos [300], quatrocentos[400], quinhentos [500], seiscentos [600], setecentos [700], oitocentos [800] e novecentos [900].
    • As decenas e as unidades unem-se com e (e), como em trinta e cinco [35], assim como as centenas e as dezenas (exemplo: cento e quarenta e seis [146]), mas não os milhares e as centenas, a não ser que o número se termina com uma centena com dois zeros (exemplo: dois mil e trezentos [2 300] mas dois mil trezentos e sete [2 307]). A conjunção e utiliza-se também para unir diretamente os milhares e as unidades (exemplo: quatro mil e cinco[4 005]).
    • O Brasil utiliza a escala curta na qual cada número maior do que um milhão é mil vezes maior do que seu antecessor (enquanto o português europeu utilize a escala longa onde o fator mil é substituído por um fator de um milhão). Por exemplo, temos um milhão (106), depois um bilhão (109), um trilhão (1012), um quatrilhão (1015),um quinqualhão (1028)…

    Desafios do ensino da Língua Portuguesa



    A língua portuguesa abrange uma variedade tão grande de conteúdos didáticos que, muitas vezes, nem mesmo o professor sabe por onde iniciar seu trabalho. Redação, leitura, compreensão de textos, tipos de textos, gramática; o que deve ser ensinado primeiro? Como inserir tais conhecimentos em situações reais de utilização da língua materna? Estes e muitos outros questionamentos têm atormentado profissionais de letras de todo o país. Com isso, também, novas reflexões têm sido feitas a respeito do modo como o nosso idioma é ensinado nas escolas. 

    É fato que a língua portuguesa apresenta um considerável grau de complexidade; porém, é importante lembrar que quem dá vida à língua são seus próprios falantes e que, uma vez adquirida a experiência lingüística oral, todo e qualquer indivíduo é capaz de aprender sua estrutura gramatical. 

    Os povos que dominam o idioma português, desde a infância, apresentam uma “gramática internalizada”; assim, instintivamente, sabem reconhecer “as palavras e formações de sua língua em quaisquer contextos em que as encontrar, interpretando-as e compreendendo-as, além de combiná-las das maneiras mais variadas possíveis, expressando-se em diversas situações de comunicação”.

    Entretanto, o ensino de língua portuguesa ainda necessita de novas avaliações. E apesar da importância existente em cada conteúdo, é imprescindível que este seja planejado e organizado de forma estratégica, ou seja, de modo que os objetivos do professor sejam alcançados com êxito. 

    É propício considerar a posição de Bechara (1985; 40) e de Travaglia (1996; 17), respectivamente, quanto a este assunto: “... podemos dizer que o objetivo precípuo da escola consiste na formação, aperfeiçoamento e controle das diversas competências lingüísticas do aluno”. “... O objetivo de ensino de língua materna é prioritariamente desenvolver a competência comunicativa...”. 

    Imprescindível, também, é lembrar que não basta alguns poucos estudiosos realizarem pesquisas, criarem novas teorias de ensino e publicarem seus conhecimentos se os profissionais da educação – neste caso, os professores de língua portuguesa – não estiverem dispostos a reverem sua prática em sala de aula e não optarem pela mudança de estratégia, em busca de melhores resultados. 

    Com isso, podemos inferir que é o comprometimento e a responsabilidade dos nossos educadores que farão com que o ensino da língua materna tome nova direção e torne-se mais adequado às expectativas e necessidades de seus aprendizes.